O Cinema é arte popular

 No texto anterior escrevi uma visão crítica sobre premiações de cinema, por considerar todo o espetáculo algo alienante. Era um texto que não havia surgido logo após a premiação do Globo de Ouro , mas algo que eu já pensava e já sentia há bastante tempo, esta relação do significado simbólico dos prêmios de cinema e sua  característica alienante. De modo que a  crítica excessiva ao espetáculo, no sentido mesmo de Guy Debord, desconsiderou um elemento importante, e que em contraponto à tese de tal texto, haveria de se mencionar aqui, o cinema como arte popular, e sua capacidade de mobilização de paixões, desejo e reconhecimento.  Acho que esse reconhecimento, traz uma síntese melhor à tese, e me distancia da questão  pessoal, a pergunta psicanalítica que propus ontem, por que me afetou perceber essa premiação como algo alienante?  A reconciliação, diante deste incomodo, seria  reconhecer este aspecto bonito do cinema, que é a mobilização das paixões, como no caso recente aqui do Brasil, em torno  do filme Ainda Estou Aqui (2024), onde isso aconteceu em nível nacional. Segue valendo a análise em torno  da construção  midiática do fenômeno, mas de fato, uma síntese para a  tese deveria incluir um aspecto belo do cinema, e sua  relação com as massas. 

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